Por querer tanto a vida me dá uma gastância de gente,
um afastamento voluntário.
Um saco cheio de pessoas que se doem por tudo.
Existe um lado que controla minha insanidade,
que me inclina para a tradição da passagem: nascer, viver e morrer.
Há tempos que esses dois lados entram em colisão e eu deixo colidir
pelo simples motivo de que a quebra dessa monotonia, essa faísca que sai me dilacera mas é uma dor bonita, que eu quero sentir e me faz humana.
Tem dias que dá uma balançada, um passa de raspão pelo outro até que me sossega por dentro e me deixa em paz de novo.
Não sei dizer de que lado eu sou feita mas tenho os dois extremos e qualquer vento gelado em dias de sol me faz tremer a espinha e temer mais a ainda a solidão da noite.
O que o une os dois, esgotamento e o que me assusta de verdade é que meu maior perigo sou eu mesmo.
Dá pra sangrar bastante mas me cura, como se meu único sofrimento fosse eu e a cura também.
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