terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Florisbela, pinte suas cortinas, meu amor

   Era tarde e tudo espairecia por debaixo das cortinas, era mais tarde e nada clareava o breu de seus pensamentos. Como uma tela, ela chegava com seu balde de pincéis, tintas, panos e bandejas, como quem sabia o que estava fazendo, como quem tivesse isso como rotina, como quem só repetia. Ela tentava seguir o fluxo, mas ao mesmo tempo que este a acolhia a deixava com fome... de vida. Era uma dessas fomes que fazem você tingir tudo de branco e só usar preto, não para se destacar, mas para se afogar na imensidão do nada, como se nada fosse, a tristeza é uma cor viciante.
   Os ponteiros ficavam cada vez mais pesados, acompanhando os batimentos de seu coração a cada segundo, sincronia era a palavra. E nesse jogo de "era" ela se foi, para pintar sua cortina de branco. Mas dessa vez era o branco que reflete luz e ilumina tudo, deixando as coisas mais plausíveis e reluzentes, deixava seu sorriso convidativo para uma doce valsa da vida. Florisbela era dócil, mas nesse momento acabo de matar Florisbela. Não era uma boa pessoa, ela seguia fluxos, não era feliz. Não era uma boa moça, ela queria demais, não era feliz. Não era uma boa pessoa, ela seguia fluxos, agora está livre. Ela é uma boa pessoa, ela segue o destino, ela é feliz mas ainda não sabe.
   LEVANTE FLORISBELA! Pinte suas cortinas de laranja dessa vez, para que possa confundi-la com o pôr-do-sol, pinte seu teto de azul, para que possa sempre ver o que realmente significa ser livre, abra suas janelas e deixe que a brisa que vêm de tempos e ventos, de árvores e relentos, de noites e dias, deixe que ela te traga notícias do mundo lá fora, que passeie por seus cabelos e arrepie sua alma, deixe-se acordar pelas gotas da chuva, que não é mais pura, da chuva que castiga os homens, deixe que ela te traga sofrimento, deixe que ela te evolua e amadureça nas fraquezas e dificuldades. Olhe para a porta, amarela, e depois para as cortinas, perceba que nem tudo está perdido, ainda resta o pôr-do-sol no fim do dia. Mas por favor, pinte suas cortinas, Florisbela. Faça o seu "fim de tarde" valer por todas as "tempestades". Pinte suas cortinas, se perca dentro de você e volte quando quiser. Até mais ver, foi um prazer te conhecer!

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

É ritmo de festa!

Ao contrário do que muitos pensam, o Carnaval não é comemorado só aqui, no Brasil, mas ao redor do mundo também. Cada um do seu jeito.

Na Alemanha, o Carnaval acontece baseado em uma lenda assustadora, afinal os alemães acreditam que nesse dia "ELE" fica solto e todos têm que tampar seus rostos. Isso sim é história, para comemorar o halloween, ou uma sexta-feira 13, agora Carnaval?! Cá entre nós...


Shroveitide é o nome dele, do Carnaval do Reino Unido. Mas calma esse nome não é um qualquer, não. Shroveitide significa "confessar pecados". De repente só de falar esse nome já é um pecado, será?!

EUA! Os queridinhos da América, comemoram o Mardi Grass, "terça-feira gorda", no Carnaval. O que será que rola em uma "terça-feira gora"? Seja lá o que for, vindo dos americanos e suas delícias, já me dá água na boca, ovo frito, Bacon, hamburguer... Acho melhor existir uma "quarta-feira magra".



Ah... o Carnaval de Veneza, as máscaras e trajes mais sofisticados de um Carnaval se encontram lá. O passado, o medieval e o presente se cruzam de uma vez só. O Carnaval que por décadas fora o mais agitado, cobiçado e de presença dentre todos os outros. Era um fantástico desfile de máscaras nas ruas, mas como nada é para sempre, isso também se aplica ao Carnaval Italiano, de Veneza, que com o passar do tempo chega cada vez mais perto de sumir, abandonar as mascaras e mostrar os rostos. Ainda bem que os italianos são conhecidos pela sua beleza também.

PORÉM, nosso Carnaval é sem comparações, agitação demasiadamente excessiva, muita alegria, cor, homens, mulheres, azaração e o principal: muito samba no pé. O Carnaval mais esperado no mundo, mas isso só a gente sabe explicar. Olha o Carnaval aí, gente! É a alegria das nossas raízes, da nossa cultura e tradição, culminando nos tempos de hoje e fazendo a alegria do povo brasileiro, sem discriminação, só alegria.