domingo, 6 de janeiro de 2013

O Sol que se põe

Uma rede de furos
por onde escapam os peixes

Os peixes estão na rede
as pessoas trancadas
as mãos apoiadas
e o pulso não pulsa como antes

A gente que vem
e a gente que vai
é a mesma gente

O sol já se pôs,
eu já vi meu rosto no anoitecer
e o mundo ainda é uma ilha,
as pessoas vazias e as garrafas cheias

O contato é estranho
e o mundo desconhecido
e isso é maravilhoso
pelo simples fato de ter contato a ser estabelecido ainda
e mundo a ser descoberto,
ainda há chance de vida
pra gente ser gente

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