domingo, 10 de março de 2013

Fluidez

O amor vermelho sangue ficou na ponta do pé
soprou o vento vivo verde
se arrebentou e se espalhou pelo chão preto
foi amor vermelho sangue pra todos os lados
Aquele amor líquido água
daquele corpo gasoso ar
naquele chão sólido pedra

Passou o rodo, levando o concreto
impregnou no chão o abstrato
evaporou
Respiram os homens o ar sangue
misturou-se as veias amor e ódio
naquele corpo poroso
daquela vontade sólida
aquela ação líquida

Esticou-se o máximo que pode
infiltrou até onde pode
atingiu quantos pode
Tocou, rasgou violentamente o peito
e costurou a pele
até caber dentro dela
até estourar no chão de novo.

2 comentários: