quinta-feira, 23 de maio de 2013

A forma da fome

São tantas formas
São tantas fomes
Que não sei com o que
matar essa sede

Minhas roupas estão crescendo
minha comida, líquida
minha vida, de ponta cabeça
minha arte, acolhedora
Não caibo

É a forma do mundo que não me agrega
ou é a minha forma que não se adapta?

Debaixo dos meus tecidos
estou alucinada
meu sangue de lá pra cá
mas esse ar que passa transforma tudo em interrogação
Entrei numa encruzilhada

Quem são vocês?
O que guardam no meu peito?
Não me cabe saber
Não entendo
Não me cabe

Nenhum comentário:

Postar um comentário