terça-feira, 9 de julho de 2013

Ode aos que me desnudam



Tem vezes que meus pensamentos não se concretizam em palavras
vai então buscar noutros pensamentos concretizados o que similariza sua essência
grande Álvaro de Campos, Quintana, Drummond... que transpiram na minha pele.
Suas palavras funcionam como álcool pro meu corpo,
minhas veias embriagadas parecem se sobrepor
e eu fico alagada de sangue vivo.

Não sei mas os efeitos do álcool ou se tudo é poesia
não sei mais se me escrevo
se escrevo pra mim ou pra quem lê
se escrevo de mim pra quem quiser saber
eu sei das minhas linhas carregadas e pesadas de gente
Sei do estilhaço, dos calos nos meus pés e dos cacos miúdos que me sobram.

Eu sou uma ilha.

Quando vejo como o céu cai em cima do telhado,

 quase ouço, no silêncio, a manifestação das nuvens
o som de mar e seu gosto salgado de mar e sia.

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