quarta-feira, 10 de junho de 2009

O piso que os meus pés procuram



Entre o céu que flutua sobre a minha gravidade
existe um espaço indeterminado de ar para o simples gesto de tocar o chão
O meu esforço vai depender do meu estado de animo e de quão grande será a minha vontade de fincar meus pés no chão
Mas me resta apenas todo o tempo do mundo para decidir isso
me resta apenas uma vida
me resta apenas um gesto de me decidir
Mas na minha confusão imersa em pensamentos que me levam até pessoas insanas
pessoas que me levam a pensamento obscuros ou de simples prazer instantâneo ou permanente
Eu não sei o que devo fazer
alcançar meu chão poderia ser o melhor remédio nessa hora
mas está tudo bem eu não me renderei agora
esperarei até que a minha gravidade decida se isolar em meus pensamentos intocáveis e me deixar assim alcançar o chão que os meus pés talvez procuram
A insanidade nunca me pareceu uma boa palavra para se dizer
Gosto do jeito errante e único de viver
a dádiva não está nos materialistas e sim nos criativos
que conseguem se proporcionar a sua maneira de viver
independente do mundo dizer
o que é certo e nos padronizar
eles só querem nos concertar
mas prefiro ser um brinquedo diferente dos outros e sem concerto
do que viver numa sociedade apenas de brinquedos
concertados e perfeitinhos
padronizados com CARINHO.

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