terça-feira, 17 de abril de 2012

Entre parênteses

Observo seu abdômen inflando e contraindo com a respiração.
Do outro lado uma caneta balança pra lá e pra cá, batendo na ponta da mesa. Algumas conversas que não escuto bem sobre o que é, mas há uma certa empolgação no que contam as duas meninas atrás de mim. No bloco de cadeiras ao lado percebo uma movimentação constante até que as coisas vão se sossegando, e já não há quase barulho.

(Por outro lado, querido Toni,
segues por aqui, por detrás desse pano amarelado e desbotado.
Anda de um lado pro outro exalando poesia e Chico Buarque.
Ah, e como anda!
Acha tudo bonito, tudo muito Toni,
você no meio bossa
e eu tilintando no meio nova.)

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