sábado, 12 de novembro de 2011

Engula seco

Preciso de um tempo,
um tempo dessa chatice que o mundo se tornou
essa mesquinharia de conteúdo que são as pessoas
pegar umas férias de mim...
Preciso sair dessa polêmica que é a vida
Essa saturação de frescuras que me cansa
O mesmo papo, as mesmas discussões, os mesmos lugares
Não quero mais ter que ficar explicando e chegar num grande nada.
Ninguém está nem aí pra ninguém mesmo.
Vou ficar aí pra mim, agora.
E digo mais, esse espírito revolucionário de merda.
O que quero mudar realmente?
Quero me ausentar desse manicômio,
jogar de lado tudo isso,
se engulam, se matem, se destruam bem longe de mim.
Talvez tenha que ser tratado assim, na base do desprezo e da alienação.
Estou tão perdida, escrevo e apago, escrevo e apago, escrevo...
Sei lá o que eu quero, críticas de merda só porque não faço parte dos mesmos sonhos, das mesmas metas, da mesma roda.
Vão todos embora.
Quero ficar tranquila, vocês me deixam doente, vocês são doentes e eu sou uma alienígena, podem me enjaular em um observatório e babar em cima de mim como se fosse uma nova descoberta, animais!

Mais uma dose desse líquido alucinante e fervoroso e uma porção de saco,
a noite vai ser longa e eu preciso enlouquecer um pouco mais e meu saco pra toda essa patifaria está no fim.
Um grande dane-se quem puder.

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