sábado, 19 de novembro de 2011

Estranho

Foi um dia estranho.
Estranhos por tantos motivos,
um deles é que por algum motivo andei na rua buscando, nos rostos que iam e vinham, você
nos vagões do metrô parecia faltar alguma coisa,
nos meus olhos faltava amor,
eu esperava que dentro da minha bolsa viesse algum som, proveniente do meu celular e
que fosse uma ligação sua, que estivesse escrito seu nome na tela.
Foi um pouco vazio aquele dia, confesso. Mas eu esperei tanto que fosse você em várias circunstâncias.
Era 17:53hs a última vez que olhei no relógio, entrava noite a dentro e nada de você.
Andei sem rumo, não sabia mais onde era minha casa, onde me refugiar, queria ter te abraçado tanto. Me salvar de mim me ocupando de você.
Mas olha o que eu fiz, cuspi na minha história e dei risada do amor. Descarrilhei meu trem quando te deixei pra depois.
Mas que estúpido tudo isso, que estúpido é você.
Não me apareceu,
nem notícias se passa bem eu tive.
Isso tudo é uma grande pilantragem, uma merda, uma verdadeira grande merda, se preferir chamar assim. Vai, vai saindo de mansinho, sem encostar nas paredes e sem barulhos, antes que eu quebre todos esses pratos, copos e garrafas em você. E deixe a porta aberta, vou abrir todas as janelas também, preciso arejar todo esse ar que você deixou. Estou de mudança e quero deixar as coisas em ordem por aqui, chega. Até as nuvens estão dando espaço pra um azul anil tomar conta.

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